Disponível na Livraria Ponto do Livro(Av. Pres. Vargas n. 846, Cruz Alta) e no endereço eletrônico www.lifeeditora.com.br)
O estudo examinou a trajetória dos trabalhadores ferroviários do município de Cruz Alta nos anos de 1958 a 1964. Através de uma das entidades reivindicatórias da categoria, a UFG (União dos Ferroviários Gaúchos) núcleo Cruz Alta, e das relações cotidianas e militantes tecidas no universo ferroviário, foi possível verificar uma trajetória caracterizada por atitudes de resistências e de solidariedades.
Uma identidade ferroviária em permanente construção, constituída pelas rivalidades entre os trabalhadores do pátio e do escritório, pelas disputas partidárias no âmbito sindical, pelas relações com os espaços sociais da cidade e, ainda, pelos momentos de apoio aos colegas punidos pela administração. Com o advento do golpe de Estado civil-militar de abril de 1964, a administração da empresa, as entidades representativas e recreativas, e, a cooperativa dos ferroviários sofreram a intervenção dos militares que imediatamente instauraram inquéritos contra os militantes ferroviários expulsando-os do serviço público.
Além de uma bibliografia referente à temática do estudo, usamos a metodologia da História Oral que privilegiou as vozes, até então em silêncio, dos antigos ferroviários, como também os demais sujeitos presentes naquele cotidiano. Consultamos também, o histórico profissional dos trabalhadores elaborado pela Viação Férrea do Rio Grande do Sul e pela Rede Ferroviária Federal, que contém os dados referentes à trajetória dos trabalhadores, desde transferências até punições por atos de indisciplina. Atualmente esta documentação esta sob a guarda do Arquivo Histórico Municipal de Cruz Alta, localizado na Antiga Estação Ferroviária.